quarta-feira, 30 de abril de 2008

Vale a pena dialogar.

APESAR DE TUDO, VALE A PENA DIALOGAR
Prof. Dionisio

Diante da importância do diálogo para as relações entre povos e culturas, surge a necessidade de todos os segmentos da sociedade se empenharem num esforço conjunto para que as dificuldades existentes sejam superadas, ou pelos menos minimizadas, a fim de que o diálogo de fato aconteça. Essas dificuldades ficam ainda mais sérias devido ao fenômeno da globalização, que encurta distâncias e mescla povos e costumes numa velocidade espantosa. Na mesma proporção que as distâncias são encurtadas, as diferenças são acentuadas e torna-se imperativo aos interlocutores olharem uns aos outros respeitosamente e elaborarem estratégias conjuntas para que o diálogo possa ser iniciado. Este é um dos principais desafios que a Igreja evangélica brasileira precisa vencer, pois as implicações da sua missão exigem dela um diálogo relevante e cordial com outros segmentos religiosos. Porém, a fim de que este diálogo seja um instrumento a favor da sua missão, a Igreja precisa estar consciente de que é necessário superar alguns obstáculos, dentre eles, o exclusivismo do seu discurso, tanto na sua forma como no seu conteúdo, para que seja possível criar um espaço comum, onde os interlocutores com os quais ela precisa dialogar sintam-se acolhidos e respeitados, e o diálogo avance para uma práxis à altura do otimismo da graça de Deus, de uma forma ampla e genuinamente salvadora.
Assumindo o diálogo como alvo e desafio, é necessário pensar numa forma concreta de estabelecê-lo como iniciativa da Igreja evangélica[1] brasileira, parte principalmente do grupo reconhecido como das Igrejas históricas,[2] frente às outras culturas religiosas não-cristãs, considerando a possibilidade da existência de estruturas teológicas presentes nestas culturas servirem de ponto de partida.

Diante de um desafio com essa dimensão, é certo que haverá dificuldades para as partes em questão, principalmente pelo recrudescimento do exclusivismo que as Igrejas evangélicas sempre detiveram em relação ao anúncio da mensagem, por questões práticas e dogmáticas, o que nos remete aos seguintes questionamentos: Em que bases a construção deste diálogo pode ser iniciada? Quais seriam as implicações teóricas e práticas para a Igreja, considerando a sua constituição atual? Quais re-elaborações dogmáticas e práticas teriam que ser implementadas? Quais passos devem ser dados pela Igreja, e que as mudanças são necessárias para a efetivação desse diálogo?

De início, pode-se dizer que, devido ao otimismo e abrangência presentes na graça de Deus com relação aos povos e culturas, a Igreja brasileira deve repensar principalmente três componentes da sua dogmática: a eclesiologia , a soteriologia e a escatologia, embora, esta ultima em menor grau. Mas fica mais evidente, que a maior restrição ao diálogo é, de fato, a forma pela qual a Igreja vê a si mesma. Em vista disso, um aspecto importante que precisa ser superado para abrir caminho para as demais mudanças necessárias é a visão de Igreja gerente absoluta dos bens da graça de Deus, o que fortalece a sua maior institucionalização e reduz o espaço para uma reflexão mais ampla e crítica da sua práxis.

O reflexo dessa centralização pode ser percebido no conceito de soteriologia da Igreja evangélica, principalmente no que se refere à idéia de comunicação da graça como ação exclusivamente dependente da sua presença histórica e institucional nas culturas. O diálogo aponta para a necessidade de se repensar o conceito de que nenhum conteúdo ou conhecimento da graça está presente em qualquer cultura antes da presença missionária da Igreja. A experiência missionária e a reflexão teológica têm sinalizado para a necessidade de mudanças da perspectiva soteriológica. Por exemplo, é necessário adicionar a perspectiva “trinitária” à “cristológica” como forma da comunicação da graça de Deus, pelo fato da presença e ação do Espírito Santo como elemento preparatório e antecedente à própria ação missionária, que se defronta com sinais evidentes da graça sendo experimentada em lugares e culturas onde Cristo ainda não é historicamente conhecido[3], o que torna isso o ponto de partida para essa ação missionária da Igreja, mas que, infelizmente, ela nem sempre soube aproveitar.
Isso exige da Igreja a devida crítica e reavaliação de sua visão sobre as culturas no que se refere à experiência religiosa de fé em Deus, e também sobre a forma de estabelecer a sua práxis, normalmente excludente com relação às mesmas, pelo seu alto grau de preconceito e julgamento diante de qualquer expressão e experiência que não tenha o seu formato.

A perspectiva soteriológica trinitária exige não apenas o diálogo como também determina a forma que ele deve ter, abrindo a possibilidade da percepção e existência de uma Comunidade Espiritual real fora da Igreja institucional, não reconhecida por ela por conta dos limites impostos pela sua dogmática. A superação dessa visão é um desafio necessário que, uma vez assumido, torna possível a visibilidade da dimensão que a Igreja tem na perspectiva da graça. Isso exige que a Igreja não se restrinja a apenas um modelo[4] ou abordagem e, como interlocutora, esteja plenamente consciente não apenas dos desafios envolvidos no diálogo, mas principalmente dos benefícios que ele pode trazer para a sua missão e para o reino de Deus.
De fato, o diálogo requer abertura da Igreja na direção de uma prática que permita, com a devida seriedade, acolher a pluralidade de percepções e experiências religiosas presentes nas culturas, diante das multiformes possibilidades de experiências oferecidas pela graça de Deus através de Cristo.

A minha hipótese de trabalho que empresto de Tillich é que, fora da Igreja institucional, há uma Comunidade Espiritual em estado de latência, presente em todas as culturas, fruto da ação missionária do Espírito, que antecede a ação da Igreja e com a qual a Igreja deve dialogar, respeitando a suas características de “essência”[5]. A importância de visualizar e reconhecer este estado da Igreja permite desvelar uma nova dimensão para ela e percebê-la na sua universalidade. O conceito de Comunidade Espiritual ou “Igreja Latente” nos permite retomar à “essência” da Igreja como ponto de partida para o diálogo e identificá-la através da diversidade de formas de expressões presentes nas diversas expressões religiosas existentes. Podemos dizer que, com isso é possível conhecer a Igreja a partir de suas estruturas ontológicas, tão importantes para o entendimento do verdadeiro sentido que lhe serve de base, e perceber que, se há uma pluralidade de expressões de divindades, uma análise mais precisa poderá demonstrar que, pelo sentido esperado, de fato, tudo converge apenas para uma resposta, aquela que somente Deus pode oferecer.
Há várias razões para assumir um diálogo como este, principalmente em relação à ortodoxia e ao desinteresse da Igreja evangélica no Brasil.
Em primeiro lugar, porque é uma oportunidade para uma análise mais crítica sobre o posicionamento da Igreja evangélica brasileira em relação à importância e ao privilégio que ela tem em face da sua missão cristã, principalmente no sentido de corresponder à altura a essa missão, que hoje mostra distante e estranha a realidade cultural que lhe cerca.
Os fatos têm demonstrado que a ação da Igreja tem cada vez mais se restringido àquilo que favorece seus interesses institucionais, resultando num discurso voltado para sua auto-perpetuação, com pouquíssima relevância cultural, pois constantemente tem esquecido que a sua práxis deve priorizar o ser humano e responder a suas perguntas existenciais onde quer que elas sejam feitas. Contudo, parece que a Igreja tem decidido cada vez mais dialogar consigo mesma.[6]

Essa postura a impede de cumprir o seu papel de forma transparente e eficaz, pois neste estado de coisas no qual se encontra sua ação fica restringida aos interesses institucionais e dogmáticos. Como justificativa, ouve-se a Igreja dizer que dialogar de uma forma mais aberta e plural é perigoso, pois pode levar a um “pragmatismo”[7] prejudicial à sua imagem e missão. Mas, o que de fato ocorre é que a Igreja é vítima de suas próprias formas em detrimento dos conteúdos da revelação. E, por conta disso, a sua dogmática, do modo como foi elaborada – sem ser questionada e reavaliada – em vários aspectos não resiste ao diálogo com o outro como de fato deve ser nas condições sociais e culturais da atualidade. As conseqüências dessa postura são o anacronismo[8] no seu modo de observação e o empobrecimento do otimismo da graça de Deus comunicado pela sua pregação, com implicações negativas para a sua práxis. Essa postura acaba levando a Igreja a desenvolver um cristianismo à sua imagem e semelhança, a serviço de si mesma, não somente incapaz de ouvir e acolher o que o outro fala, mas também e principalmente o que o Espírito realizou e ainda está realizando nas culturas. A Igreja evangélica precisa ouvir mais o Espírito na sua interlocução com as culturas[9] e retomar seu verdadeiro caminho e vocação. Dialogar poderá contribuir para isso.

Em segundo lugar, tendo como foco a realidade mundial, o diálogo inter-religioso serve como instrumento útil no campo da diplomacia, pois pode abrir espaço para possibilidades de entendimentos com outras formas culturais e religiosas, com uma grande chance de minimizar a violência que se alastra em várias partes do planeta, tendo como motivação as “posições de defesa” assumidas normalmente pelos grupos religiosos. O diálogo favorece a construção de um espaço de respeito e liberdade onde os interlocutores podem se sentir seguros e acolhidos, minimizando a possibilidade de disputas , de extremismos radicalizados evitando a destruição de seres humanos como conseqüência dessas disputas que levam às chamadas guerras santas. O diálogo é um instrumento eficiente como meio de aproximação das religiões não apenas porque permite uma nova compreensão do sentido e do valor da vida, além de uma melhor compreensão do fundamento da vida e do ser humano, que busca universalmente o mesmo sentido e realização, mas também porque possibilita um melhor entendimento do valor do Evangelho, que não se restringe à salvação escatológica.[10] A Igreja evangélica brasileira, por conta da sua relevância e penetração considerável não apenas no Brasil, mas em dimensões mundiais, deve dar a devida atenção para a possibilidade real de fazer diferença em vários âmbitos da sociedade. Dialogar ajudaria a alcançar uma maior e melhor integração social e a realizar a transformação que a graça e os valores evangélicos podem proporcionar.

Em terceiro lugar, nos campos da Ética e Bioética, o diálogo inter-religioso a partir da Igreja evangélica também pode contribuir, juntamente com outros segmentos que já discutem o assunto, para uma compreensão mais ampla do ser humano e do seu valor, servindo de instrumento para a legislação deste campo, principalmente porque o diálogo permite o acréscimo e o enriquecimento de conhecimentos sobre o ser humano e a troca de experiências através de outras percepções da pessoa humana a partir do ponto de vista de religiões não-cristãs.
Em quarto e ultimo lugar, poderíamos sinalizar a importância do diálogo para as questões ecológicas. Tal diálogo contribuiria para estabelecer um novo entendimento das responsabilidades sobre a exploração e o uso das reservas naturais, do meio ambiente proporcionando com isso uma maior aproximação entre a Igreja e as religiões dos grupos étnicos radicados nas grandes reservas naturais, com o compartilhamento de experiências para esse fim, presentes nestes grupos, tão importantes para todos nós.

Todas essas possibilidades representam campos onde a Igreja pode atuar e servir melhor às pessoas, mas isso exige que ela esteja aberta às mudanças que forem necessárias não apenas no que se refere à sua dogmática, mas também à sua práxis. Retomar a discussão sobre a necessidade do diálogo da Igreja evangélica com outras religiões demonstra não apenas que ela está sintonizada com a sua missão, mas também que possui uma percepção otimista da graça de Deus e está comprometida com ela. São razões suficientes para implementar todo e qualquer esforço.



BIBLIOGRAFIA.

GALINDO, F. O Fenômeno das Seitas Fundamentalistas. Petrópolis: Vozes, 1995.
RICHARDSON, D. O Fator Melquisedeque: O Testemunho de Deus nas Culturas Através do Mundo. São Paulo: Vida Nova, 1989.
RUNYON, T., A Teologia da Nova Criação - a teologia de Wesley hoje. SBC: Editéo, 2003
STOTT, John: Ouça o Espírito, Ouça o Mundo. São Paulo: ABU Editora, 1997.
TEIXEIRA , F. Teologia das Religiões. São Paulo: Paulinas, 1995.
_________. O Diálogo Inter-religioso como Afirmação da Vida. São Paulo: Paulus, 1997.
_________. Diálogo de Pássaros: nos caminhos do diálogo inter-religioso. São Paulo: Paulus, 1993.
_________. Antropologia Cristã. São Paulo: Editora Vozes, 1985.
TILLICH, Paul. Teologia Sistemática. São Paulo: Paulinas, 1984.



[1] - No Brasil o termo “evangélico” não tem a mesma conotação que, há nos EUA, pois, diferente de lá nem todos os evangélicos são considerados fundamentalistas, e nem são vistos como seitas. O termo não é utilizado apenas para definir a orientação religiosa, pois em sentido mais amplo engloba as Igrejas cristãs em geral.
[2] - Segundo Galindo as Igrejas Históricas são divididas em dois grupos principais; as Igrejas protestantes históricas de origem européia – Luteranos (alemã), presbiterianos (escoceses), anglicanos (ingleses), reformados, e as Igrejas históricas de origem norte-americanas, que ele divide em três categorias; as igrejas de orientação tradicionalmente mais confessional, como a Luterana, a Episcopal ( anglicana com estilo americano), Presbiteriana e Igreja dos Amigos. No segundo grupo ele coloca as igrejas que ele chama de “ livres”, vinculadas por origem ao movimento revivalista: Metodista, Batista, Congregacional, Discípulos de Cristo, Exército da Salvação. No terceiro grupo estão os “evangélicos”, designados em geral como seitas evangélicas ou movimento do tipo “livre empresa religiosa”: são comunidades ou sociedades religiosas fundadas a partir da década de 20 por missionários norte-americanos pertencentes em sua maioria à corrente fundamentalista. GALINDO, F. O Fenômeno das Seitas Fundamentalistas. Petrópolis: Vozes, 1995, p.84-85.
[3] Já estava presente em Wesley esta perspectiva quando ele diz: “ O benefício da morte de Cristo estende-se não apenas aos que têm o conhecimento preciso da sua morte e sofrimento, mas também aos que estão inevitavelmente excluídos desse conhecimento. Mesmo estes podem ser participantes do benefício da sua morte, embora ignorando a história, se a graça realizar-se em seus corações, de modo que os homens perversos tornem-se santos”. In “A letter to a person lately joined with the people called Quaquers”, Works ( Jackson) 10.178. É possível que a omissão do artigo dezoito, “Sobre a obtenção da salvação eterna somente pelo nome de Cristo”, dos Artigos de Religião que ele enviou aos metodistas americanos esteja relacionada a sua posição em relação à graça. Ver RUNYON, T., A Teologia da Nova Criação - a teologia de Wesley hoje, SBC: Editéo, 2003, pp.50-51. Ver também RICHARDSON, Don, O Fator Melquisedeque - O Testemunho de Deus nas Culturas Através do Mundo, São Paulo: Edições Vida Nova, 1989.
[4] A tentativa de um relacionamento entre a religião cristã e as outras religiões pode ser feita a partir de três perspectivas: exclusivista, inclusivista e pluralista. A exclusivista, no campo católico, se baseia no axioma “extra ecclesiam nulla salus” ( fora da Igreja não há salvação), havendo um pequena mudança com o Concílio Vaticano II (1962-1965). No campo protestante, Karl Barth, com o movimento de gênese da Teologia Dialética em oposição à Teologia Liberal, foi ”um dos teólogos que melhor elaborou a base escriturística e teológica do exclusivismo da posição evangélica. Para Barth, “fora de Jesus Cristo não há revelação nem salvação”, pois para ele “religião é incredulidade, a religião é por excelência o fato do homem sem Deus”. TEIXEIRA, Faustino, Teologia das Religiões - uma visão Panorâmica. São Paulo: Edições Paulinas, 1995, pp. 37-43. O inclusivismo tem como “traço de sua singularidade a atribuição de um valor positivo para as outras religiões e o seu reconhecimento como mediações salvíficas para seus membros. As religiões do mundo são caminhos de salvação, mas enquanto implicam a salvação de Jesus Cristo”. “A perspectiva inclusivista é hoje a mais adotada entre os teólogos católicos, embora contemple em seu mesmo horizonte cristocêntrico posições diversas mesmo contrastantes”. TEIXEIRA, opus cit., pp.44-45. A posição pluralista surge contra o cristianismo como religião de superioridade última. Na busca de um ‘novo ângulo’ de compreensão do cristianismo, os teólogos pluralistas propõem uma mudança de paradigma, para além do exclusivismo e do inclusivismo, e isto implica ‘renunciar’ a visão ptolomaica tradicional, segundo a qual todas as religiões giram em torno do Cristo e do cristianismo com seu centro, para adotar uma visão segundo a qual todas as religiões, inclusive o cristianismo, giram em torno do Sol, que é o mistério de Deus como Realidade suprema”. TEIXEIRA, opus cit., pp.58.
[5] - O sentido de “essência” utilizado doravante se refere àquilo que ainda não assumiu publicamente sua existência concreta. Algo que é de fato potencial mas não atual. Ver, TILLICH, P. Teologia Sistemática. São Paulo: Paulinas/ Sinodal, 1984,
[6] Talvez algo que sinalize bem esta atitude da Igreja é o fato de que suas cabeças pensantes sempre se reúnem em simpósios e encontros cada vez mais caros financeiramente, embora com bons conteúdos, o que torna muito distante tudo o que ela discute e reflete da necessidade que as pessoas geralmente têm no seu dia-a-dia. Outro agravante é que, com raras exceções, não se pensa em projetos de abertura para um diálogo com o outro que é diferente. O que ocorre são confrontos que mais trazem prejuízos do que benefícios. Com o passar dos anos, principalmente no final do século XX, o que vimos foi uma Igreja tomada pelo misticismo religioso, que dá mais ênfase ao sobrenatural e bizarro do que ao otimismo da graça e a soberania da ação de Deus no mundo. Esta postura levou a Igreja a fugir ainda mais do espaço que deveria atuar e se voltar para si mesma numa atitude de catarse, diante de um mundo que ela sempre vê como podre, corrupto, irrecuperável. Essa postura mostra que o diálogo se tornou um monólogo, quando muito. O reino de Deus tem perdido com isso e a graça está deixando de ser experimentada em toda a sua eficácia pela igreja que deveria propagá-la com liberdade e alcances ilimitados. A Igreja cada vez mais se prepara para conversar consigo mesma, esquecendo dos outros e até da maior parte dela mesma.
[7] - O termo pragmatismo envolve a postura assumida diante de pessoas e coisas cujos valores são reconhecidos pelos resultados que produzem, isto é, o que funciona, é o certo, o bom e verdadeiro por isso e o que deve ser seguido. Num sentido mais filosófico, o pragmatismo afirma que o ser humano é responsável pela construção do conhecimento, da verdade e dos valores.
[8] - Erro de cronologia. Forma de avaliar e compreender um determinado fato ou acontecimento sem considerar as peculiaridades históricas envolvidas no mesmo, e sua utilização sem a devida contextualização.
[9] Algo neste sentido pode ser lido no livro Ouça o Espírito, Ouça o Mundo, de John Stott. São Paulo: ABU Editora, 1997.
[10] Há na prática da igreja cristã em geral a tendência de usar o conteúdo do Evangelho apenas como meio para que as pessoas não sejam condenadas ao inferno. A pregação neste sentido não vê outra utilidade do conteúdo bíblico a não ser como garantia para a vida futura. Porém, é sabido que o conteúdo bíblico não serve apenas para esta finalidade, ele tem inúmeras e importantes aplicações pessoais e sociais, que uma vez aceitos e colocados em prática pode trazer grandes mudanças para melhor, aumentando a qualidade de vida, trazendo saúde física e emocional para as pessoas, sem contudo a pessoa ou grupo social ter que se converter ao cristianismo e se tornar membro de qualquer igreja cristã. Este sentido talvez seja um dos que podemos apreender da parábola do semeador (Mt 13.1-23)

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